
Vanhoni participou da procissão em homenagem à padroeira da Polônia, Nossa Senhora de Czestochowska, comemorada no dia 26 de agosto (neste ano a comemoração aconteceu no dia 29, domingo) na Colônia Rivier, Distrito Ferraria, em Campo Largo/PR. (Foto: Christina Minuzzo)
Rivier foi uma das primeiras colônias de imigrantes poloneses no Paraná (os pioneiros chegaram na década de 1870) e hoje conta com aproximadamente 200 famílias vivendo em pequenas propriedades, com sua principal atividade voltada à agricultura familiar.
O deputado, que tem marcante atuação no município em defesa da cultura e da manutenção dos grupos folclóricos poloneses, foi recepcionado pelo comando da Capela de Nossa Senhora de Monte Claro e acompanhou em uma charrete a procissão dos agricultores com seus tratores e equipamentos de trabalho pela estrada de Nossa Senhora de Monte Claro até a capela, onde foi celebrada missa pelo arcebispo local.

O milagroso quadro de Nossa Senhora de Czestochowska.
Conta-se que a imagem foi pintada por São Lucas, no tempo de Maria Santíssima, no tampo de uma mesa de madeira feita por São José e no qual a sagrada família fazia suas refeições. A pedido do evangelista, Maria sentou-se para que ele pudesse retratá-la. Terminado Maria disse: “Minha graça irá acompanhá-lo”. Assim, começou a história deste milagroso ícone.
O retrato foi descoberto por Santa Helena, que visitava a Terra Santa a procura da verdadeira cruz de Cristo. Ela presenteou com a pintura seu filho, o imperador Constantino, que a colocou numa das salas do palácio, onde ficou até o ano de 431. Após, foi levada para a igreja que o imperador edificou para a pintura e lá ela permaneceu por 5 séculos. Sempre que exposto, o quadro atraiu numerosos peregrinos e muitos milagres foram atribuídos à intercessão de Maria, por pessoas que oravam junto à pintura. No decorrer dos anos muitos inimigos invadiram Constantinopla e a igreja onde estava o retrato transformou-se em um centro de esperança para o povo da cidade. Durante um ataque, a Igreja pegou fogo e tudo foi destruído, exceto uma pequena parte da parede onde estava o retrato.
Mais tarde o sagrado quadro alcançou o sul da Polônia – foi eventualmente dado como parte de um dote pela união das famílias reais de Constantinopla e Kiev. Em Kiev, foi instalado no palácio real de Belz e permaneceu lá por 579 anos. O príncipe Ladislaus Opolski, encontrou o sagrado quadro no castelo de Belz e, determinado a salvar a imagem das invasões dos Tartars, fez um minucioso exame da cidade mais segura para onde levaria o retrato, Olsztyn. Durante a viagem parou para descansar, e no alto de um monte chamado Jasna Gora (Morro Brilhante), próximo a Czestochowska, a pintura foi colocada em uma pequena igreja de madeira, a Igreja da Assunção. Na manhã seguinte, o retrato foi cuidadosamente reposto em seu vagão, mas os cavalos recusaram a se mover e não houve força humana que os fizesse caminhar; porém, assim que tiraram o quadro do carro, por terem resolvido deixa-lo naquele lugar, puderam os animais, no mesmo instante, pôr-se em movimento. Ficando o quadro em Czestochowska, por vontade de Maria Santíssima, deram-lhe um novo título: Nossa Senhora de Czestochowska.
Em 1430, os hussitas saquearam o mosteiro e carregaram todos os tesouros de Jasna Gora em vagões. Mas, os cavalos que puxavam o vagão onde estava a pintura não se moviam. Os hussitas então jogaram a pintura fora do vagão, e os cavalos moveram-se. Um dos incursores cortou duas vezes com a espada a pintura no mordente direito de Maria. Apesar da destruição, o santuário foi em pouco tempo restaurado (conta-se que em 15 dias). Inúmeras foram as tentativas de reparar os dois cortes no mordente da Virgem Maria e no ferimento da garganta, mas estes reapareciam sempre. Acredita-se que por vontade de Maria as cicatrizes deveriam permanecer. Assim, o milagroso quadro não escapou da desecração e da mutilação, bem como de sensíveis alterações, tanto que é chamado de “Madonna Preta“, pois a pintura original foi escurecida pelo resíduo acumulado das velas e pelas flamas do fogo no incêndio ocorrido.
O mosteiro, transformou-se em uma fortaleza e em um ponto de referência do nacionalismo polonês e suportou o ataque do poderoso exército sueco, em 1655. No ano seguinte, o rei Casimiro proclamou Nossa Senhora de Czestoshowska a Rainha da Polônia e o Santuário de Jasna Gora capital espiritual da Polônia. Em 1683, resistiu aos ataques dos Turts. Durante os anos de divisão da Polônia (1772 – 1918), o santuário transformou-se em um local de união para os povos poloneses. Com a restauração da independência nacional em 1918, os peregrinos eram milhares em um culto constante e fervoroso e quando a segunda guerra terminou, a nação devastada pelo sofrimento da guerra encontrou força e coragem no santuário.
Cópias do milagroso quadro espalharam-se por toda a cristandade e em muitas igrejas de outros países ficaram expostas e foram veneradas. A reputação internacional da imagem foi consideravelmente alcançada em razão da devoção pessoal do Pontífice Romano, o papa João Paulo II, filho nativo da Polônia, que visitou o Santuário em Jasna Gora e orou junto ao milagroso quadro durante sua histórica visita em 1979, meses depois de sua eleição à cadeira de Pedro. No presente, uma pintura de Nossa Senhora de Czestoshowska, adorna o local de reza do Santo Padre.